Morri. Encontrei o fim desta lida.
Sou pó, sou cinza, sou vento, sou nada,
Sou uma reles carta descartada
Do baralho intangível dessa vida.
Sou a ruína sempre incompreendida
Longe do corpo que me deu morada,
Sou a eterna vida rotulada
Na eternidade do vácuo esvaecida.
Sou todo o silêncio da escuridão
Que ressoa da morte do universo
Que outrora me deu da vida a centelha,
Sou a parte cabal dessa união:
Do grande nada a que estamos imerso,
Da infinita cala que nos espelha.
sexta-feira, julho 20, 2007
Assinar:
Postar comentários (Atom)
3 comentários:
Sou suspeita para falar... Adorei
Gabi Schwingel
Belo soneto, mas creio que a grafia correta seria "centelha".
Que bom que gostou.
Já foi corrigido o erro.
Valeu!
Postar um comentário