Quantas vezes a ti mesmo negaste
na angústia de caminhar em vão?
Quantas vezes a esmo caminhaste
com teu companheiro a te negar um pão?
Tuas botas sem meia, teus panos em traste,
tua boca sedenta de uma oração.
A ave-maria aparece covarde
no pulso ferido do teu irmão.
Revoltas revolto nos teus espelhos
os olhos latentes mirados pro chão.
Tua força não leva mais o signo vermelho,
nem martelo nem foice o teu brasão.
O sonho perdido não tem cor.
A juventude derrotada não tem símbolo.
Não tem estandarte o fim do amor.
Não tem nome o que jaz no limbo.
terça-feira, março 18, 2008
domingo, março 02, 2008
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