segunda-feira, maio 19, 2008

Neblina das minhas verdades,
me conta se é por maldade
que me fazes triste assim.

Canção da mocidade,
me conta se cantar a felicidade
é um crime sem perdão.

Porque meu coração
quer as asas de um querubim
para morar no mais alto esconderijo
que encontraste para mim.

Segredo da minha carne,
me conta se morrer
é tão ruim assim

me conta se é pecado
o silêncio dos momentos
encontrar meu corpo são.

Porque meu coração
quer as asas de um querubim
para morar no mais alto esconderijo
que encontraste para mim.

Vozes da minha alma,
contem-me se a loucura
é saudade de outro mundo

contem-me se vossa clausura
é pura sensatez
ou mera covardia

Porque meu coração
quer as asas de um querubim
para morar no mais alto esconderijo
que encontraste para mim.
Todo dia nasce o sol
E levanta do outro lado a lua
Todo dia alguém pisa num caracol
E não é culpa minha nem tua

Todo dia tudo acontece
Igualzinho como foi no anterior
Todo dia nasce um novo amor
Que no outro dia a gente esquece

Todo o dia bem ou mal
O relógio bate na hora marcada
Todo o dia é a mesma estrada
Sem placa, sem praça, sem sinal.

Todo dia é um dia diferente:
Eu é que sou indiferente.