segunda-feira, maio 07, 2007

XXIV

Uma dor infinda trago em meu peito
E que sufoca um grito na garganta,
Uma dor que se avizinha e levanta
Roxos de sofrimento no meu leito.

Dor que se alojou e que não tem jeito
De arrancá-la, porque ela se agiganta,
Forma raízes tao fortes, com tanta
Vontade, que eu já sem forças a aceito.

Aceito, e a tristeza me consome
A vida. Meus negros olhos não mais
Sabem chorar - são secos de tormento!

Ah! Intangível e torpe sofrimento!
Me sinto o sol que triste a noite traz,
Que no horizonte azul aos poucos some.

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