sexta-feira, abril 27, 2007

XXI

Por que bates tão freneticamente
Quando a vejo, estúpido? Tu não vês
Que esta minha súbita lividez
Vem do se sentir mais do que se sente?

E por que bates tão alegremente
Quando beijo seus lábios (e outra vez
Em seus lascivos olhos azuis crês)
Se depois ela parte indiferente?

Tu és inimigo de minha razão!
Tu és culpado de minha juventude
Senil e de meus olhos escarlate...

Mas quero que sofras também, então
Com as maiores forças que unir eu pude
Rogo a Deus para que eu morra de enfarte.

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