sexta-feira, novembro 23, 2007

Quando ele chegava mansinho - bonito, cheiroso e de muito boa retidão vertebral, querendo chamar sua atenção a torto e a direito, ela dizia indiferente, Não te quero. Então ele, desgostoso que havia ficado por tanta injustiça e rejeição, deixou sua aparência a cargo do tempo. Dali com um passar de meses, foi ter com a moça novamente. Dessa vez apresentando-se o exato oposto a seus primeiros contatos. Ela olhando-o de longe, vindo em sua direção, assustou-se com tão inesperada cena. Quando ele se chegou suficientemente perto, ela sem esperar qualquer palavra que porventura pudesse ser pronunciada por aquela boca fétida, abriu sua bolsa e com um olhar de compaixão ofereceu-lhe um sanduiche com margarina, queijo e mortadela feito por sua mãe. Ele sorriu.

3 comentários:

Unknown disse...

Ele sorriu e depois...o que aconteceu?

Jonas disse...

queijo e mortadela são a ambrosia dos terceiro mundistas... já dizia o menino Chaves, já dizia Bakunin perdendo os dentes de escorbuto.. ehehe
mto bom meu velho!
abração!

Anônimo disse...

ele sorriu às vacas pastando