segunda-feira, setembro 03, 2007

De veias se fez
de sangue e de asco
o velho carrasco
que um dia
amou tanto.

Pois sem ter ninguém
que enxugasse
seu pranto
pensou no seu fim
e num momento
de desespero
arrancou
seu próprio
coração
assim.

De sangue e de asco
o velho carrasco
que um dia
amou tanto.

Agora
sem coração mas
de rosto sereno
cantava canções
de amor sem sentir.

O velho carrasco
que um dia
amou tanto
por desencanto
até sua morte
arrancou corações
por aí.

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